Queridos amigos
A
repercussão do livro “Meu filho tem autismo, e agora?” foi grande! Embora
tenham poucos comentários na postagem sobre o sorteio, recebi uma avalanche de
e-mails com depoimentos e dúvidas a respeito do tema em questão.
Por esta
razão, compartilharei aqui, os meus estudos modestos sobre o Transtorno do Espectro
Autista. Caso haja alguma dúvida, sugestão ou depoimento que queiram
compartilhar, fiquem a vontade para deixar comentário ou enviar e-mail para naurelitamaia@gmail.com.
Então,
vamos lá!
O
transtorno autista ou autismo infantil vem sendo cada vez mais diagnosticado no
nosso país. No entanto, muitas crianças, verificam Silva & Mulick (2009), só
vão ser diagnosticas entre 6 e 7 anos de idade.
Este
transtorno faz parte de um grupo de transtornos do neurodesenvolvimento chamado
Transtornos do Espectro do Autismo (TEAs), Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGDs), ou Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TIDs).
Segundo
Silva & Mulick (2009), esse grupo de transtornos apresenta sintomas centrais
no comprometimento em três áreas específicas do desenvolvimento, a saber:
(a) déficits de habilidades sociais,
(b) déficits de habilidades comunicativas (verbais
e não-verbais)
(c) presença de comportamentos, interesses e/ou
atividades restritos, repetitivos e estereotipados.
De acordo
com a American Psychiatric Association [APA], fazem parte deste grupo de TGDs, o
transtorno desintegrativo da infância, o transtorno (ou síndrome) de Asperger, o
transtorno de Rett e o transtorno global do desenvolvimento - incluindo o
autismo atípico.
Critério de Diagnóstico
Para
diagnostica o Transtorno do Espectro Autista, há vários modelos, entre eles o
critério de Diagnóstico DSM-IV-TR,
muito utilizado no Brasil e na Europa.
Segundo
os critérios do DSM-IV-TR, para que a criança seja diagnosticada com transtorno
autista, ela deve apresentar pelo menos seis da lista de doze sintomas
apresentados na Tabela 1, sendo que pelo menos dois dos sintomas devem ser na
área de interação social, pelo menos um na área de comunicação, e pelo menos um
na área de comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados.
Lista de
sintomas do transtorno autista, por área, de acordo com os critérios oferecidos
pelo DSM-IV-TR (APA, 2003).
Comprometimento
qualitativo da interação social:
(a) Comprometimento
acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais, tais como contato
visual direto, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a interação
social;
(b) Fracasso
em desenvolver relacionamentos com seus pares apropriados ao nível de desenvolvimento
(à sua faixa etária);
(c) Ausência
de tentativas espontâneas de compartilhar prazer, interesses ou realizações com
outras pessoas;
(d) Ausência
de reciprocidade social ou emocional.
Comprometimento
qualitativo da comunicação:
(a) Atraso
ou ausência total de desenvolvimento da linguagem falada (não acompanhado por
uma tentativa de compensar por meio de modos alternativos de comunicação, tais como
gestos ou mímica);
(b) Em
indivíduos com fala adequada, acentuado comprometimento da capacidade de iniciar
ou manter uma conversa;
(c) Uso
estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrática;
(d) Ausência
de jogos ou brincadeiras de imitação social variados e espontâneos próprios do
nível de desenvolvimento (i.e., da sua faixa etária).
Padrões
restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:
(a) Preocupação
insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse, anormais
em intensidade ou focos:
(b) Adesão
aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos e não-funcionais;
(c) Maneirismos
motores estereotipados e repetitivos (ex., agitar ou torcer mãos e dedos ou
movimentos complexos de todo o corpo);
(d) Preocupação
persistente com partes de objetos.
Além destes
sintomas, a criança deve também ter começado a exibir atrasos (ou funcionamento
atípico), até a idade de três anos, em, no mínimo uma das seguintes áreas:
(1)
interação social, (2) linguagem para fins de comunicação social ou (3) brincadeiras
ou jogos simbólicos ou imaginários.
De acordo
com Mercadante (2006), o diagnóstico de transtorno autista apenas deve ser
estabelecido quando o quadro não for mais bem explicado pelo transtorno de Rett
ou pelo transtorno desintegrativo da infância, que fazem parte dos transtornos
globais do desenvolvimento (TGDs) não-autísticos.
Referências:
SILVA, Micheline; MULICK, James A. Diagnosticando o
transtorno autista: aspectos fundamentais e considerações práticas. Psicol.
cienc. prof., Brasília, v.29, n.1, mar. 2009. Disponível
em
.
acessos em 27 maio 2013.
American Psychiatric Association. DSM-IV-TR,
manual
diagnóstico
e estatístico de transtornos mentais. 4. ed. rev.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
Sugestões de sites e blogs sobre o tema:
http://uadarque.wordpress.com
http://bananinhaazul.blogspot.com.br/
www.ama.org.br/
drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo
http://veronicaribeiropsicologa.blogspot.com.br/
Sugestões de sites e blogs sobre o tema:
http://uadarque.wordpress.com
http://bananinhaazul.blogspot.com.br/
www.ama.org.br/
drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo
http://veronicaribeiropsicologa.blogspot.com.br/