Caros amigos,
Lembro bem como foi importante a educação que recebi em casa. Aos 5 anos já estava alfabetizada. Minha mãe, professora, dava aulas em casa e eu era uma das suas alunas. Depois, para me aperfeiçoar, frequentei a banca da Professora Nadir. Professora séria, ainda tinha uma régua de madeira como recurso de disciplina, lembrando as velhas palmatórias. A régua nunca foi usada, mas assustava com sua presença constante sobre a mesa, lembrando aos meus colegas mais indisciplinados como deveriam se comportar.
Aos sete anos ingressei na escola pública, na 1ª série (alfabetização do ensino público). Naquela época, não era possível adiantar a série e, mesmo eu lendo tudo, frequentei aquela classe.
Enquanto na escola aprendia as famílias e os fonemas, as sílabas e dissílabos; em casa, meus pais me presenteavam com livros de história, revistas, álbuns. Líamos juntos, trocávamos informações, tinhamos o caderno de deveres em casa, eu e minhas irmãs. Quanta saudade!
Aos 10 anos li o meu primeiro romance: Pollyanna. Depois, o Pollyanna Moça, também maravilhoso.
Os livros, a tabuada, as revistas Coquitel, as coleções de pesquisa e as enciclopédias sempre fizeram parte deste aprendizado no lar.
Meus pais foram e são os meus maiores e melhores mestres. Meu pai, vendedor de livros e minha mãe, professora primária. Sempre fizeram das nossas noites e dos nossos almoços, momentos de diálogo, aprendizado, alegria e encanto.
Poderia ficar aqui, relatando tantas experiências maravilhosas, mas penso que cansaria os caros leitores.
Deixo aqui registrado que a escola também deixou marcas importantíssimas de aprendizado. Mas foi em casa que descobri o prazer de aprender, a necessidade de ler e escrever e a alegria de poder ensinar.
Estes são meus pais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário