Caros amigos,
O consumo é tema transversal da educação básica, necessário e fundamental. Deve ser trabalhado nas diversas disciplinas, como eixo temático, seja na elaboração de questões de matemática, na escolha de textos ou na construção de projetos. O essencial, sobretudo, é trabalhar a consciência para um consumo sustentável, racional e reflexivo.
Isso significa dizer que é preciso induzir as crianças e os adolescentes ao pensamento sobre o ser e o ter, sobre aquilo que é essencial e perene e o que é passageiro, fugaz. Sobre a realização pessoal e material de si mesmo e do outro.
Proponho aqui, uma reflexão sobre o que é necessário para se viver bem.
Então vamos a um teste simples:
1. De quantos objetos tecnológicos você precisa?
2. Quais as razões que o levam a desejar trocar móveis e aparelhos pelos de marca e mais recente?
3. Quantas roupas existem no seu guarda-roupa sem uso há muito tempo?
4. De quanto em quanto tempo você joga fora ou doa papéis, livros, roupas, miudezas de enfeite ou recordação?
5. Do que você precisa para viver bem?
6. Quando alguém tem algo mais bonito, mais caro, de última moda e você não tem, como se sente?
7. Como prefere se divertir: fazer compras, ir ao cinema, passear na praia ou no parque, conversar com amigos?
8. Observe a sua casa ou o seu quarto. Há algo que você poderia doar ou jogar fora e guarda só por apego?
Se inspire nestes questionamentos, reflita e conduza seus alunos e filhos a tais reflexões. As respostas devem ser um elemento detonador para se pensar sobre o que é essencial para viver sem supérfluos e sem desgaste emocional. Também suscita o questionamento sobre sentimentos e valores, como o desprendimento, a autoestima, a inveja e o apego.
Criar uma consciência em relação ao consumo significa compreender que na sociedade de verniz, superficialidades e aparências, não é somente o ter que faz a diferença, mas o que aparentamos ter. Continuamos em rol do "acumular coisas" e exibi-las feito "pavão mostrando a sua plumagem".
Precisamos aprender a olhar o interior, valorizar o ser e cuidar dos objetos, das coisas, da matéria como uma concessão que nos foi dada para conviver.
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