Carmos amigos
Quando busco no baú das minhas memórias as experiências mais significantes, vem sempre um cheiro, um sabor, uma cena à tona.
Que saudades do cheiro do chapéu do meu avô. Cheiro de hortelã grosso.
Que saudades do cheiro de borrachas, lápis, apontadores e livros forrados com plásticos de bolinha quando iniciava um ano letivo lá nos meus dias de infância...
Que sede eu tinha de saber! Lia todos os textos antes mesmo de começar as aulas.
Meu pais sempre chegava em casa suado da lida e com um livro novo para me presenetear. Livros emborrachados, feitos em origami, em tecido, ou ilustrados simplesmente. Todos com histórias fantásticas e fontes de pesquisa intermináveis.
Que maravilha era sentir o cheiro do mar quando passeávamos na orla. Meu pai dirigia bem devagar para a gente aprenciar cada detalhe. Sentir o vento, o calor do sol, o sal do mar e o som das ondas.
Estas e tantas outras referências sensoriais remetem a aprendizados inesquecíveis, os quais determinaram a minha trajetória pessoal e profissional.
É assim que aprendemos primeiro. Pelos sentidos, pelo corpo. É no corpo que fica marcada cada experiência. Os sentimentos, as emoções, as leituras e sínteses que fazemos de cada experiência começam no corpo. É este saber primeiro que chamamos de Saber Sensível.
Se potencializarmos as possibilidades de aprendizado sensível, através da ludicidade, da vivência, da arte e principalmente do afeto, quanta diferença faremos na vida dos nossos alunos.
Quantas memórias positivas poderemos deixar!
Para compreender melhor, assista e escute esta música:
Daquilo que eu Sei
Ivan Lins
Sinta, cheire, cante, dance, ame e proporcione aos seus alunos e filhos as oportunidades de aprender através do corpo, dos sentidos e das emoções!
Feliz jornada educativa!
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