sexta-feira, 25 de julho de 2008

Comemorações de Agosto

Caros amigos e caras amigas
O mês de agosto é repleto de datas comemorativas, exigindo dos professores muita imaginação para apresentar novidades convincentes. Em meio a músicas, apresentações e lembrancinhas, é importante não perder de vista a reflexão e o olhar cuidadoso. Assim, cabe ressaltar:
Para o Dia do Estudante, convide os alunos a construir perfis do estudante ideal, através de composições, desenhos, paródias, etc. É bom refletir sobre as concepções de estudante, estudo e escola que vêm sendo construídas ao longo da História; analisando os processos de mudança, as causas e conseqüências, até os dias atuais; fazendo, por exemplo, uma linha do tempo.
Para o Dia dos Pais, é preciso ter sensibilidade para não tocar em “feridas abertas” e provocar angústia, sofrimento e até revolta nos alunos. É preciso ressaltar a figura paterna que a criança ou o jovem tem na família, seja ela representada pela mãe, pelo avô ou pelo tio, por exemplo. Cabe ao professor trabalhar sentimentos como respeito, tolerância, perdão e confiança, de maneira a plantar a sementinha da convivência familiar pacífica. Aqueles alunos cujas famílias são demasiadamente desestruturadas carecem uma atenção maior. Cuidado para não excluí-los do grupo, pois esses merecem todo o nosso carinho. Que tal promover o dia da família?! Assim todos serão valorizados igualmente!
Quanto ao Folclore, nunca é demais refletir sobre o sentido pejorativo que vem sendo atribuído a esta data. Observem que folclore é a cultura de um povo. Acabamos reduzindo ao folclore, principalmente no nordeste brasileiro, as figuras e os tipos humanos referentes às religiões afro-brasileiras e indígenas. Vocês já devem ter ouvido falas como “isso é puro folclore”, atribuídas ao fato ou à figura, o significado de mentira ou misticismo. Cuidado! Todas as culturas merecem respeito igual, merecem pesquisa, discernimento e valorização. Cabe ao professor convidar os alunos para um estudo crítico-reflexivo e relativizador, a fim de reconstruir a história da comemoração do folclore nas escolas. Não vamos banalizar a nossa cultura, vamos valorizá-la, vamos despertar para uma realidade mais humana.
Serenidade e coragem!

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